O submundo comporta 371 ataques a universidades venezuelanas em dois anos

A organização não-governamental Aula Abierta informou na quarta-feira que nos últimos dois anos computou pelo menos 371 episódios de ataque do submundo contra várias universidades na Venezuela, incluindo a Central (UCV), o principal patrimônio mundial do país.

A Venezuela acumulou 371 episódios do ataque do submundo às universidades desde o início do decreto pandêmico, em 13 de março de 2020, até meados de março”, disse a ONG em comunicado à imprensa.

Ele argumentou que esse “alto número de incidentes de insegurança causa preocupação”, uma vez que “eles afetam não apenas estruturalmente, mas também o funcionamento das universidades do país em atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como o processo educacional em que milhares de estudantes e professores participarão venezuelanos”.

A comunidade universitária e a Aula Abierta também estão preocupadas com a posição do Estado. As autoridades, ao assumirem uma posição de inação diante desses crimes que atacam as universidades, violam os Princípios Interamericanos de Liberdade Acadêmica e Autonomia Universitária”, disse a organização.

Em 2022, a Aula Abierta registrou 24 incidentes de insegurança em seis universidades do país, das quais 11 na Universidade dos Andes (ULA), oito na Universidad de Oriente (UDO), duas na Universidade Central de Lisandro Alvarado (UCLA), e uma em ambas a Universidade de Zulia (LUZ), no Universidade Central da Venezuela (UCV) e na Universidade Pedagógica Experimental Libertador (UPEL).

Infobae
Um protesto de professores universitários na Venezuela (EFE/Rayner Peña/Arquivo)

A ONG explicou que, de 1 de janeiro a 15 de março, foram cometidos 17 crimes “que ameaçam o desenvolvimento do ensino, dois contra a investigação, três contra os serviços estudantis e dois contra departamentos universitários”.

Em 2021, 156 incidentes de insegurança foram documentados em 16 universidades autônomas na Venezuela.

No caso de 2020, a organização registrou relatos de inação das autoridades do Estado para investigar e punir os responsáveis pelos pelo menos 191 incidentes de insegurança ocorridos entre março e dezembro daquele ano.

As universidades da Venezuela foram atingidas nos últimos anos, principalmente por sufocamento orçamentário e pelo roubo sistemático de móveis e equipamentos.

Cecilia García Arocha, reitora da UCV, denunciou que este centro de estudos “está sujeito a orçamentos fracos há mais de 12 anos que deterioraram” as instalações.

A deterioração das universidades se refletiu no colapso de uma seção do telhado de concreto de um corredor UCV de 300 metros, em junho de 2020.

As casas de estudo suspenderam os turnos noturnos para evitar mais incidentes de segurança no escuro, quando os riscos são maiores.

(Com informações da EFE)

CONTINUE LENDO:

Uma petrolífera russa usa o chavismo para tentar contornar sanções pela invasão da Ucrânia

O Partido Comunista da Venezuela denunciou o assassinato de outro militante e culpou o sistema de justiça chavista por não investigando

Escândalo, espancamentos e até uma arma: a escolta de um magistrado chavista causou um grave incidente em um concerto

Sé el primero en comentar en"O submundo comporta 371 ataques a universidades venezuelanas em dois anos"

Dejá un comentario

Tu dirección de Correo Electrónico no será compartida


*