Em 26 de fevereiro, na cidade de Medellín, houve um grave acidente de trânsito em que uma mulher atropelou um homem que foi posteriormente atropelado por um ônibus. A mulher, que parecia estar aparentemente embriagada, dirigia o veículo em alta velocidade e não percebeu a presença do homem a tempo. Os espectadores que testemunharam o ocorrido ficaram impressionados com o acidente e imediatamente alertaram as autoridades e foi revelado que o homem que acabou morrendo como resultado dos espancamentos estava trabalhando em uma instituição bancária como supervisor de segurança.
A mulher, identificada como Osíris Cruzado, de nacionalidade colombiana-venezuelana, na época tentou fugir do local, mas conseguiu ser capturada em franca luta pelas autoridades. Pessoas que testemunharam todas, ou pelo menos algumas delas, disseram à mídia regional que a mulher já havia adicionado duas violações antes de chegar ao local. Ele invadiu a faixa exclusiva do bonde e bateu outro veículo.
Um mês após os acontecimentos em 27 de março, a audiência sobre o pedido de uma medida de garantia contra a mulher que atingiu e matou Elkin David Correa Sandoval concluiu, e o juiz do Tribunal Penal Municipal de Vinte e Cinco concluiu que a mulher não seria enviada para a prisão, mas concedeu-lhe um medida de garantia não privação de liberdade.
Segundo o jornal El Colombiano, isso significa que, embora não se dirijam a um centro prisional, as mulheres devem denunciar obrigatoriamente qualquer mudança de endereço de notificação ou residência, não poderão sair do país e não terão licença para dirigir veículos motorizados.
Na decisão, a família expressou sua profunda indignação por acreditar que não deveria ser a decisão final e expressou que ficou muito surpresa com o fato de os testes do bafômetro não terem sido entregues, o que justificaria a forma violenta como a mulher investiu Carrea.
“A única coisa que sentimos foi que ela praticamente tinha duas mulheres defensoras, tanto a juíza quanto a advogada, porque em nenhum momento elas estavam certas conosco, estava sempre justificando tudo o que o advogado de defesa dizia. Isso não nos parece justo, neste caso cruel a justiça deve ser feita”, escreveu Yanet Valencia, esposa da vítima, à Blu Radio.
Diante da surpresa e insatisfação da família e do Ministério Público, o delegado do órgão de fiscalização e o representante das vítimas interpuseram recurso para rever, numa segunda fase, o pedido de seguro prisional contra a mulher envolvida no acidente.
Lembremos que a mulher não aceitou as acusações de homicídio como eventual intenção, mas há um vídeo mostrando o momento em que Osíris Cruzado causou o acidente. As imagens dão conta do momento em que o motorista da BMW atropela o homem, que fica no capô do veículo. Em alguns segundos, um ônibus que vem na direção oposta leva o homem à frente e seu corpo é colocado na pista. Ele morre minutos depois.
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