Uma nova disputa irrompeu na esfera política colombiana, desta vez, os protagonistas foram os candidatos presidenciais Federico ‘Fico’ Gutiérrez e Gustavo Petro. O problema que os levou a enfrentar foi a proposta incomum da Equipe para que o aspirante da Colômbia voltasse a estabelecer o trabalho por hora no país.
Em diálogo com o Caracol News, o ex-prefeito de Medellín disse que essa ideia poderia beneficiar certos setores, como a tecnologia. O vídeo foi viralizado nas redes sociais, a ponto de ganhar várias críticas, incluindo a do postulante do Pacto Histórico, que não hesitou em enviar dardos ao seu adversário nas urnas -e nas redes sociais-.
O pronunciamento do também senador ganhou mais de cinco mil curtidas e causou a reação do próprio Fico, que não gostou da emoção lançada contra ele pelo líder da Humana Colômbia, que atualmente continua liderando a intenção de voto no país, pouco mais de dois meses antes do primeiro rodada presidencial.
Em sua resposta, Gutiérrez desenhou a polêmica resposta de pensão de Petro, convidou-o a ler e até justificou as respostas pelas quais foi levado contra ele no Twitter. “Nunca irei contra os direitos dos trabalhadores. E, Petro, você tem que ler pelo menos as regras. O trabalho por hora foi permitido há 70 anos na Colômbia; é uma figura do Código Substantivo do Trabalho. A proposta é que essas pessoas recebam saúde e pensão”, disse o ex-presidente de Antioquia.
O candidato do Pacto Histórico não aguentou e respondeu novamente, mas desta vez aproveitou a oportunidade para lisonjear sua proposta de governo e garantiu que, se o trabalho por hora for legalizado, a produtividade supostamente terminará.
“O trabalho por hora desvaloriza os salários e acaba completamente com a estabilidade no emprego, que é uma forma de destruir sua produtividade: a base da riqueza. Proponho um pacto entre a força de trabalho e os empregadores para aumentar a estabilidade do emprego no país”, acrescentou Petro.
Por enquanto, Fico não se manifestou sobre o assunto novamente, no entanto, esse confronto ocorre dias depois de se saber que ele e Gustavo Petro estão à frente na intenção de voto que mede quem poderia suceder o presidente Iván Duque, que deixa o poder no próximo 7 de agosto.
Em 20 de março, o Centro Nacional de Consultoria (CNC) apresentou os resultados de sua pesquisa mais recente para a revista Semana, que mostrou as inclinações dos colombianos em questões presidenciais.
Para este estudo, foi utilizada uma amostra de 2.143 cidadãos pertencentes a seis regiões do país: Antioquia, Bogotá, Caribe, Central, Pacífico e Leste. Além disso, os dados foram coletados de forma mista, ou seja, por telefonemas e presenciais; o estudo, além disso, tem uma margem de erro de 2,1%.
De acordo com os resultados, Gustavo Petro, candidato ao Pacto Histórico, continua liderando a intencionalidade de voto no país com 32% a seu favor, seguido por Federico Gutiérrez que acumula 23%. Neste caso, deve-se notar que o candidato a Equipe para a Colômbia aumentou sua liderança depois que os resultados das consultas em 13 de março foram anunciados e ele se apresenta como o possível maior adversário da esquerda no segundo turno.
Para o terceiro lugar, foi encontrado um empate entre Sergio Fajardo e Rodolfo Hernández com uma intenção de 10%; e mais tarde Ingrid Betancourt foi posicionada com 3% e Enrique Gómez com 1%.
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